Labirintos

Labirintos perdidos em meio à névoa
Ofusca os olhos sem achar à saída
A primeira entrada é a mais segura
Mas perde-se em momento sublimar
Ao atravessar uma esquina sem olhar
Perder-se nas avenidas significa
Ser seguido por olhares atentos
Não acha a resposta, nem a saída
De um lado para outro está perdida
Suores e tormentos a assolam
Segue em frente em rua sem vegetação
Mas o que provoca os arranhões?
E as marcas em forma de círculos?
Não acha a resposta, por isso continua
Nas intermináveis ruas labirínticas
Aponta a dor entre riscos vermelhos
E nos arranhões dessa triste vida.

Lucélia Lima
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