Vando em espaço sem fim,
lá se vão as ilusões e a doce esperança de que talves se concretize
em algum dia perdido no meio de tantos amanhãs.
O corredor da credibilidade é fragil basta somente
um sopro um pouco mais forte do "não aconteceu"
que as ilusões balançam de um lado como pipas em mãos infantis.
Então equilibra-se de novo no espirito de que o hoje já se foi e
que basta tão somente assentar-se e manter os olhos fixos no horizonte vindouro"do quem sabe..."
É assim que a alma anciosa espera a cada dia que nasce,
renova-se a doce esperança e quando a noite cai fenece como a flor do campo
pois ficou perdido no horizonte de que talves amanhã...É uma sucessão de martírios e sepultamentos
pois a cada "não aconteceu", morre uma esterela nos olhos do viajante solitário e
sedento de que não pode saciar-se no encontro do sonho realizado e
que podem matá-lo no sufoco do jugo que muitas vezes trazem atados aos doces tentáculos.
O viajante cuidadoso sabe o que deseja para que
aquilo que ontem foi doce e suave não se torne amargo e doloroso
em um infindável amanhã que está sempre depois de um por de sol,
lá longe no horizonte de qualquer... sonhador...viajante...
amigo...amante
ou companheiro...
talves...
amanhã eu saiba...
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