A Rosa e o Tigre IV – O retorno

 A Rosa enquanto esperava,
pensava no sentimento que a assolava.

A espera era docemente dolorosa,
o que a deixava ainda mais viçosa.

Não esperava por tais emoções,
pois o que sempre teve, eram sanções.

Como explicar ao determinado animal,
aquele sentimento relacionado a ele afinal ?

Não poderia demonstrar isso,
pois sabia que o Tigre tinha compromissos.

Não sabia o que ele realmente sentia,
se era a mesma alegria, a mesma euforia.

Aproveitaria cada segundo,
cada momento soturno.

Queria sorver cada gota desta fantasia,
e de tudo o que a satisfazia.

Vivera muito tempo sobre os desmandos do Jardineiro.
Agora, teria suas vontades por inteiro.

Finalmente sairia de sua redoma de cristal,
das mesmices e da relação formal.

Era a sua vez de aproveitar, 
iria com o Tigre a qualquer lugar.

Em seu coração, sabia que não iria demorar,
até que ele pudesse retornar.

Conteria toda a sua aflição,
da espera de sua salvação.

Com a dúvida de que em algum dia,
o amor entre uma Rosa e um Tigre existiria.

Decidiu aceitar este louvor,
e finalmente se rendeu ao amor.