Refugio de mim.

 

 
    Safei de mim.
Tentei esquecer-me.
Tranquei-me na solidão de meus dias.
Relutei contra a mais brava força selvagem.
A minha própria força, lutar contra meus instintos.
Fiz de mim a minha própria presa.
Busquei compreender-me.
E ser compreendida no mais íntimo e profundo ser.
 
Como lutei, lutei, e nada sei de mim.
Quem sou eu?
É esmero conhecer-me.
Soa dentro de mim, como se fosse uma maldade – divertida.
Pingando ácido dentro de minhas feridas.
Doía,ardia,agonizava.
Martirizei, horas e horas e nada sei.
Mas, quem sou eu?
 
Sou eu um Orfeu.
Sou eu a própria ira.
Sou eu uma pergunta sem fim.
Não sei quem sou de onde venho e nem pra onde vou.
O que eu sei.
Que cá estou e vou à direção que o vento me levou.
                           Re Carvalho/2011
 

 

Re Carvalho
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