Faz de mim...
O que bem entender,
já que não sinto amor
ou prazer.
Faz desta carne maldita,
engodo para seus planos,
faz do dom,
o que bem quiser.
 
Use as células,
use o sangue,
faça o sobrenatural aparecer.
Não se iluda maldito leitor!
Este é o desvanecer
de alguma coisa,
de alguém
ou de ninguém.
 
Faça do pecado exigido,
um louco libido,
seja pouco nobre,
seja vassalo,
seja maldito!
 
Faz aqui o começo e fim,
do nada.
Seja aqui,
o local escolhido por ninguém,
Habite aqui com nenhum sentimento.
Não seja nada... Além de mim.
 
 

 

Jonathan Cunha
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