Das pequenas certezas que tenho na vida uma delas é que a boemia ainda vai me matar um dia. Essa maldita boemia! Essa vadia que me seduz e acaba comigo e com o meu corpo e tira o sono e rouba-me o prazer de sentir o frio dessas belas manhãs de inverno. Ah! A boemia! Essa velha carcamana que faz minha cabeça doer as nove horas da manhã de uma sexta-feira ou de uma quinta ou até mesmo de uma quarta-feira. essa senhora que corrompe mina alma e minha carne. Ah! A Boemia. Aquela a quem sigo como devota e amante eterna. Aquela que ludibria. Aquela que me liberta das mazelas de uma vida programada. Ah! Essa Boemia! Amiga minha desde os tempos de escola. companheira das noites longas de insônia. Quem dera libertar-me das amarras de teus braços! Mas contigo quero viver e morrer assim, sedenta por mais um pouco do vinho que teus lábios libidinosos tem a me oferecer. Ah! Boemia...

Sou boemia. Gosto da noite e do seu hálito de vinho tinto, do rock, da perdição quase imperciptível. Sou boemia e brindo a ela na minha primeira poesia publica aqui.

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