Tola menina, tão ingênua
Caminha serena na sua terra conquistada
E que cantou por tantos lugares
Tola menina, tão perturbada,
Que cantarola baixinho, por dentro
A carga da sua condição feminina
Tola menina, que envelheceu
E nunca amadureceu, para as coisas da vida
Se preservou e morreu, pela ingenuidade
Tola menina, que cantava a sabedoria antiga
Mas não soube distinguir o que era vida
E o que era cantiga.
Miriam Azevedo Hernandez Perez
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