Começar um dia...
sem saber o que escrever
mas sentindo a vontade latente
de gritar e de dizer...
algo que está trancado dentro do peito
algo que nem mesmo sei direito...
é terrível.
É terrível constatar, por exemplo,
que por mais que escrevamos a respeito,
as coisas não mudam seu jeito...
porque o predicado vem depois do sujeito
até mesmo na gramática...
E o sujeito nunca somos nós.
Não é nossa a voz
que se faz ouvir,
como deveria...
mas é sempre a nossa voz
que ignorada, é sufocada pela hipocrisia
daqueles que dela se valem
para buscar seus sonhos,
que não são os nossos...
mas, que só percebemos,
quando caímos no pesadelo
da realidade...
que nos assombra
ao acordarmos num dia como este,
num país como este...
num mundo como este.
Não sei se me fiz entender
mas afinal, entender prá que?
Prá quem?
Até amanhã...
se Deus quiser.

Quando os poetas levantam sua voz para exaltar ou execrar esse ou aquele momento da vida que o cercam, muitas vezes, não vêem resultados no seu trabalho, posto que não há interesse que esse alcance as pessoas. Quando assistimos coisas como as que foram divulgadas no Fantástico de ontem (15-05) acerca dos deputados estaduais de Rondônia - que por certo não são exceção, é que entendemos o porquê. Porque não se investe em cultura , porque não há incentivos a novos escritores.Enquanto uma edição de um livro é vista como "investimento duvidoso", cresce a rede de corrpução no Brasil inteiro, porque querem calar a nossa voz. Que vergonha Brasil! Nem ditadura, nem pseudo-democracia dão jeito neste predicado nefasto que caracterizam nossos políticos. Quando será que alguém vai criar uma vacina efetiva contra esse mal que condena a sociedade brasileira a morrer desesperançada? Quando será? E ainda vem nos falar em ideologia...em exemplos a serem deixados aos nossos filhos...Que triste legado lhes está reservado.

Diante da reportagem sobre os deputados estaduais de Rondônia

Anélio " Rodrigo Di Freitas"
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