Colhendo o que plantei...

Colhendo o que plantei...

 
Colhendo o que plantei...
 
Eu plantei a dor num coração apaixonado,
E fiz questão de cravar bem funda esta raiz...
Quis plantar amor num coração mal cuidado,
De areia, e a colheita foi por demais infeliz.
 
Do primeiro, colheitas fartas, vivia saciado,
Talvez por isso eu enjoei e não mais a quis.
Do segundo, sem firmeza, só vivi magoado,
E teimei em querer colheita, e foi o que fiz.
 
Teimei, cavei em vão, e é claro, deu errado,
Nada servia, o que vinha não me fazia feliz,
Todo dia, eu colhia dor e vivia machucado,
 
Plantei dor antes, e agora quem é que diz,
Que tenho a solidão sempre do meu lado,
Fruto do que plantei, amargo, e sem matiz.

Pensando em momentos recentes...

Em casa...