Quando criança
Em minha querida infância
Eu odiava meu nome
Pois queria ter qualquer outro


Ser Maria, ser Elaine,
Ser Carla, ser Adriana
Ser isso ou ser fulana...

Era um mundo tão pequenino
para uma menina tão cheia de sonhos.

De repente meu avô indagou
O motivo de tanta tristeza

E eu, pequenina de olhinhos
afogueados como brasa em chama
falei do meu desassossego

Mais que depressa
com um sorriso na testa
meu avô me abre um leque
mostra-me como é lindo
ter um nome tão formoso

Ele diz:  __ “Mar” vem de grandeza
 e “Leide” vem de princesa.

Neste instante tão puro
ao mesmo tempo tão sublime
Sentir-me flutuar num castelo
mais belo e colorido do mundo

__ Seria eu assim tão importante?
__ Claro que sim, pois tudo que acreditamos
um dia pode tornar-se realidade.

Logo pensei: Eu acredito.

Marileide Pinheiro
© Todos os direitos reservados