Por ela eu peço minhas intensas desculpas
Desisto de ser cruel ou até mesmo insano
Pela onipresença de tudo, de coisas futuras
Na distração de um pensamento um tanto mundano.
Mas de corações quebrados, gestos e ternuras
Eu sempre estou por eles lutando.
Não importa se sinto em mim diversas amarguras
E não sei se o que sinto é comum, como estou amando.

Por ela eu sou capaz de viajar no espaço a frente
Viajar por corpos frios que derrete a tua chama
Num planeta brilhante... que chega a ser incandescente
Na clárida rua amiga, na rua há brisa, amiga profana
No teu jeito anil que te faz parecer uma dama
Que do paladar provado nunca a ti se sente
E nem se ouve quando por socorro tu chamas

Por ela eu sou capaz de adoecer
De perder o senso do limite incorreto
De matar o egoísmo até poder desfalecer
Na angustia de um simples medo honesto
Que me faz com um beijo enriquecer
Por causa da segurança nítida do teu feito
Que por palavras nunca eu te fiz entender
E dizer que na verdade, pela inocência, eu te quero.

Salvador

Fábio Avanzi
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