Da fagulha de uma despretensiosa simpatia
Não me dei conta.
Até que foi se arraigando em meu ser
Estendendo-me implacáveis tentáculos.
Permiti que fosse consumido pelas labaredas
De uma paixão irrefreável
Da qual não consigo me ver liberto.
Desde então busco um lenitivo para minha alma
Decorrente dessa sua ausência.
E errante, anseio buscar outro alguém
Que me extirpe tal sofrimento
Levando o coração a pulsar em outra direção.
Mas, exaurido, novamente caio em mim
Ao perceber incapaz de substituir
A insubstituível.

Poeta cibernético
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