Retrato de Mãe

Diáfana era aquela luz...
Lembrava vida, Jesus,
Que em teu ventre havia...
Mãe, Mulher, Maria!
Cristalizaram-se as águas,
Puras, límpidas, pacatas...
De imenso brilho a manhã surgia,
Essência de amor personificada
Exalando aroma intenso, de incenso, de alvorada...
A paz sacramentou o mundo,
Momento sagrado, fecundo...
Em uníssonos, sons pianíssimos,
Cânticos e hinos, apaziguadores,
Vindos do âmago, oravam louvores,
Unificaram-se os matizes,
Berços das cores, dos esplendores,
E toda beleza resplandeceu o ar,
Colorindo todos os cantos de encantos,
Nuances suaves a divagar, testemunhar...
Invadindo espaços etéreos, surreais...
Encontro inusitado de sentimentos,
Unidos pela aura branda do vento...
Os mais nobres e delicados,
Os mais discretos e cordatos,
Os mais sublimes e abençoados,
De auréolas divinas, coroados...

Mãe!Ousei descrever o teu retrato!

              

                 Carmen Lúcia

Não há só um dia no calendário para retribuirmos tanto amor que nos é dado, até nos pequenos detalhes, por aquela que nos gerou e nos deu à luz. Amor indescritível, inabalável, Difícil definir o amor materno.É como se fosse uma luz intensa, vindo mesmo de Deus.Uma força indestrutível que nos ampara sempre, mesmo estando certos ou errados. Um anjo que está eternamente a nos velar.

Mesmo que todos os dias no calendário fossem "Dias das Mães" não conseguiríamos retribuir-lhes esse amor tão imensurável e incondicional.
E depois que a perdemos, como eu perdi, um vazio enorme toma conta de nosso coração e não há o que o preencha.

Vendo o retrato de minha mãe.