Dita Maria moleca! Menina sapeca passava 
Na rua fazendo careta com a cara preta de
Jamelão...
Dita cabrita! Pulava a cerca pra roubar pinhão,
Sempre correndo descia a ladeira pra arrancar
Feijão...
Pulava a pinguela que tinha na bica,
Com sua tigela de fruta na mão pra levar ao Tião...
Dita criança menina de trança via esperança
Num simples olhar... Deitada na esteira  fitava as
Estrelas e se punha a sonhar.
Ela cresceu a inocência perdeu sua alma,
Infantil  se fez a mudar... O amor conheceu,
 A dor pertenceu e sem alegria se põe a chorar
 

Hynes Margarida de Oliveira
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