Lenda do Velho Índio Encantado

Lenda do Velho Índio Encantado

 
 
Pela manhã o velho índio sumiu,
Rumando para as montanhas brilhantes,
Sob a luz do sol que surgiu
Por entre aqueles paredões gigantes.
 
Ele cantou para seus deuses encantados
E ao som do vento ouviu a canção,
Que tocava ternamente seu coração
Diante das paisagens e rios iluminados.
 
Bem que ele sabia que sua morte,
Sempre de nós a consorte,
Já estava para chegar
Levando-o ao mundo do eterno sonhar,
Além muito além de todo reverso
Que qual chuva, se derramava em verso.
   
Durante todo dia permaneceu orando,
Diante da brisa fria a soprar
E quando a noite foi chegando,
Por fim seus olhos vieram a se fechar.
 
Muito tempo se passou na campina
E o velho índio que tinha sumido,
Por entre aquele campo florido
Renasceu  para florescer sua sina,
Tornando-se  luz da poesia e da bondade
Para proteger toda Terra e seu povo,
Com a força da sua fé em renovo
E a plenitude da felicidade,
Para quem acreditasse na sua Eternidade.

 
 
Há que diga que foi no céu morar
Tornando-se mais uma estrela a brilhar;
Ou até mesmo a poesia,
Que nas campinas se irradia,
Pois se tornou guardião
Da Natureza e do Universo em amplidão.
 
 
 
 

 
 
 
 

Patricio Franco
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