Destilando prazer. Soneto.

Destilando prazer. Soneto.

 
 
Ao sorver o ultimo gole na taça
Aspirei o seu inebriante buquê.
Sem pudores apreciei a sua graça,
Minha boca embriagou-me de você.
 
Assim, o nosso amor sempre começa,
Sem sim, não e nem mesmo porquê,
Sorvo-te como uma quente cachaça,
Um ébrio em êxtase; fico a sua mercê.
 
Destilado, o nosso prazer adormece...
Repousa satisfeito o meu coração.
Junto a teu corpo que o meu aquece.
 
Acordo sóbrio quando amanhece.
Sorvido por uma extasiante paixão
Daquelas que só o coração reconhece.
 

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