BALANÇA
Balança morena
Branquinha,
Balança teu vestido rosinha,
Teus cabelos negros.
Balança minhas convicções.
Balança com tudo
O que creio,
Pois se tu balançavas
No recreio,
Eu juro.
Não ví.
Balança teu corpo suave,
Que balançou-me
Cada entrave
Do fático
Que sempre vivi.
Pois, entre balanços vários,
Eu sempre balancei
Indo ao encontro
De ti.
Mas...Não adianta.
Eu me chateio,
Mas se ela balança...
Esqueço-me que sou adulto,
Torno-me criança,
E vou para o recreio com ela
Brincar de jogos polutos .
Balançamos.
Eu e ela.
Somos dois.
Dois putos,
Sob aliança.
Dois putos
Como se diz na “terrinha”.
Onde sua raiz me foi vizinha,
Tanto o quanto
Sempre fomos.
E, hoje,
O que balança
São as razões.
As emoções.
Os senões ,
Que balançaram-na
Para
Outro
Lugar.
Ogro da Fiona
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados