Tu, meu anjo,
És a sorte rutilante
Que mantém acesa 
A chama opaca
De um vulcão equilibrista
Apoiado na ponte 
Entre o ser e o nada.
Tu enobreces o infinito 
Com todo o teu esplendor,
Sustentando a fúria contida 
No calvário de um devaneador.
Tua imagem resplandecente vaga 
Pelas profundezas do firmamento,
Captando as cristas lineares da paixão.
Enfim, tu és o motivo maior 
De um existência que ultrapassa 
A fronteira do arquipélago pútrido 
Imerso no labirinto da imaginação.

Poesia lírico-amorosa

UFBA

Eduardo
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