Da gotinha de seiva que não veio
Morre uma folhinha seca saudosa;
O meu poema, escrito pelo meio,
Seco da inspiração que foi embora,
Também flutua numa folha morta
(Outono que é mais longo a cada ano...)
À folha estéril nada mais importa,
Que sem frescor perdeu também seus planos.
E a planta olha o futuro todo dia,
Crente que há de brotar a poesia;
(Que por amor a vida é longa espera...)
O verso seco é luta da esperança
De quem tropeça e, tropeçando, avança,
Sabendo que há de vir a primavera.
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