De noite, somente quando
Entriste os meus sentimentos
Vem o martírio dos meus tormentos
e a musa, me atormentando.
A luz das estrelas
Me estimula o coração
Grito à elas Oh! Minha paixão!
Como posso tê-las?
Agora é cedo, e a glória me invade
Na inspiração matinal.
Já, os versos desta paixão infernal
Chega só depois do fim de tarde
Arde em minha poesia
O fogo do inferno
Pois, a musa do inverno
Só vem no fim do dia
Mesmo, que eu alce vôo cedo
Divino! Mas só posso amar
A musa que comigo vai estar
quando o sol fugir com medo.
O fogo obscuro, tentado
Ofusca a "cinética" de minha mente
Queima, queima, queima e quente
Fica, minha cabeça de dragão alado.
É o meu dilema dentre
A glória e a tentação
Eis a controvérsia de minha inspiração
Que faz-me inconformar, sempre.
Se a lua junto ao Sol existiria
Sem glória e sem musa os versos
Meus e de todo o universo
Não terminariam por ser poesia.
Ah, se a lua pudesse ver o dia, e se o sol pudesse ver a noite, um beijo ia acontecer, o amor completo e o surgimento da glória e da paixão fria da noite, iam se merecer...E poeta eu não mais seria...Guarulhos-SP
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