Suportar a leitura da própria escrita

Suportar a leitura da própria escrita

“ (...) Parece que nada me deu tanto prazer em escrever como a segunda metade do N.D. Com efeito, nenhuma parte deste romance me sobrecarregou tanto como The Voyage Out; e se o meu bem-estar e o meu interesse forem indícios de qualidade, posso ter esperanças de que haja algumas pessoas, pelo menos, que achem prazer nele. Será que serei capaz de o ler outra vez? Estará a chegar a altura em que poderei suportar a leitura das minhas palavras impressas sem corar, nem tremer, nem querer esconder-me?”

 

 

Virginia Woolf:  Diário – Primeiro Volume ( 1915-1926 / pág.152)
 Bertrand Editora – Tradução de Maria José Jorge

Eloisa Alves
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