Um grácil mundo onde vivemos
Pessoas capazes e malditas, sobrevivendo!
Ao custo da fractal encenação percebemos
O olhar indigesto da morte envelhecendo.
Por poder e riqueza nos corrompemos
Por guerras e invejas, emudecendo!
Por mortes e risadas estremecemos
Por vidas e amores, abstendo!
Talvez na última lágrima endurecemos
Talvez na fagulha d’água, adoecendo.
Talvez no penúltimo suspiro acordemos
Talvez o mundo seja, estupendo!
No espantoso remate, o orbe intuiu
Sem cizânia, jamais, o mundo fluiu.
Daniel Valinhos
© Todos os direitos reservados
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