Um grácil mundo onde vivemos

Pessoas capazes e malditas, sobrevivendo!

Ao custo da fractal encenação percebemos

O olhar indigesto da morte envelhecendo.

 

Por poder e riqueza nos corrompemos

Por guerras e invejas, emudecendo!

Por mortes e risadas estremecemos

Por vidas e amores, abstendo!

 

Talvez na última lágrima endurecemos

Talvez na fagulha d’água, adoecendo.

Talvez no penúltimo suspiro acordemos

 

Talvez o mundo seja, estupendo!

No espantoso remate, o orbe intuiu

Sem cizânia, jamais, o mundo fluiu.