O segredo do Enigma

Entre estrelas de sonhos e ilusões,

No compasso de um coração inquieto,

Cruzam-se os caminhos, emoções,

Nos versos desse poema secreto.

Conexões sutis que o destino traça,

Dois mundos que se tocam em sorrisos,

Um convite lançado ao vento, sem pressa,

Para dançar em ritmo de improviso.

E no curso do tempo, o ensino aflora,

Onde o aprendizado cruza o olhar,

Dois seres, em docência sonora,

Mas sentimentos, ocultos, a guardar.

Abismado, não sabe o nome,

Um soneto camoniano, a revelação,

Entre giz e convites, uma espera insana,

A tentativa, o temor, a desilusão.

Talvez um mistério, um enigma sem fim,

Onde palavras não bastam para decifrar,

Mas eu, coração aberto, buscando por mim,

Em meio a esse sonho, o amor a despertar.

Nas águas calmas do meu ser, um jacaré,

Com dentes humanos, sorri de mansinho,

Medos e sonhos num mesmo breu,

E eu, no barzinho, busco alívio em vinho.

No onírico encontro, no sonho dançante,

A boca do jacaré, suave toque enfrenta,

Entre o medo e a coragem, avançante,

E eu, no mundo onírico, a animada tenta.

Mas no despertar, a realidade é muda,

E o sonho acaba em letras de papel,

Na vida real, a alma vazia se inunda,

Com a esperança de um amor singelo fiel.

No poema da vida, eu e o enigma,

Duas almas em dança, um enredo a escrever,

Entre desencontros, um amor sutil,

Em cada verso, um segredo a proteger.

Ainda que o destino seja incerto,

As páginas do tempo, a desvendar,

A semente do amor, no coração aberto,

A esperança florescente, pronta a acabar.