E te retenho, me entretenho, te redesenho
Revisto nosso passado a procura de pistas
Deparo- me com tua indiferença, sentimento um dia ferrenho
Sou retida pela devoção que parecia perpétua e percebo não ter mais saída
E quase lá a te esquecer, após tanto mudar e viver
Cá estamos novamente
Outra vez dois seres em um mesmo ser, mais uma vez você
Posso fugir, mas seria demente se negasse o tudo que este caminho traçou para gente
Um começo de indiferença, a diferença em outra crença
O princípio de um amor, tão único, tão maior, que estivera a me propor
O aprendizado em um sofrimento que não imaginava existir, o desalento, a obsessão como doença
Te tive, te ganhei, me ganhaste e lhe perdi, mas meu coração uma vez parado ficou, és teu, use a teu dispor
E antes de acabar
O que de eterno há é dotado de pureza que da licença para calar, não é preciso materialização
Nosso amor é algo etéreo, de nós inerente, existe sem o amar, sem o tempo para se entregar
Fica aqui minha redenção, não quero amar-te de longe. Reconheças que te preciso, ajude-me a nos legar perdão
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