Primeiro, o toque da tua mão acordando a minha,
Depois, o roçar de nossos corpos se aninhando.
O palpitar do coração só cresce, só desalinha,
Enquanto os abraços, cada vez, vão se apertando.
 
Tudo vibra! Tudo parece mágico e diferente
Em nossa alcova de desejos e de paixão.
Enquanto a respiração vai ficando mais ofegante,
Vamos nos entregando ao êxtase da emoção.
 
A boca exige beijos mais molhados e atrevidos.
Nossos corpos nus se contorcem numa só chama.
A pele acalorada, do meu seio intumescido,
Arde, enquanto se entrega, em nossa cama.
 
E tua febre de me possuir (urgente) se instala,
Tomando conta do meu ventre, da minha emoção.
Teu olhar me busca ansioso, meu olhar se cala,
Afogado num ímpeto de amor e exultação.
 
E explodimos os dois, feito fogos, artilharia,
Num ritmo de maré crescente, cadenciada.
A mão, que antes impunha, agora só acaricia,
Numa onda de amor, diminuta e embalada.
 
Depois, a respiração ofegante vai se acalmando...
O sono manso é alento, intimidade e fantasia.
Num enleio, nossos corpos vão se aninhando
E a maciez da tua mão vem dormir na minha!

Mônica Gomes
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