Eu escrevi a vida...

  
 
 
Com um graveto na areia, eu escrevi...
E em gotas de sereno para viver... Aprendi...
A guardar meu coração das emoções...
Embrulhado num papel de pão.
 
E recolhi os papeis de balas no fim da festa...
Para que todas as palavras ditas virassem promessas...
Para guiar os amores perdidos aos ventos...
Achar um calor para meu amor.
 
E numa serenata de luz onde o céu  enfim se cobre de noite...
Ao ser riscado de giz será o meu caderno nas noites enluaradas...
Para declarar, prometer e dar juras... A quem quer que seja...
Que se quer arriscar a receber o amor...
 
Por o coração em cima de uma pedra para quem quiser...
Como se fosse uma expiação de sacrifício em nome do amor...
Fazer o holocausto... De amar sem nada receber...
Pagar o preço em vida ao nome do amor.
 
 
 
 
 
 

Comendador Carlos Donizeti de Oliveira
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