ARRISCANDO NA POESIA

Por simples ausência 
De quando em vez arisco-me na poesia. 
Lanço-me sem receios no único abismo encantado que me fascina! 

Momento que viver sem chão, 
Parece-me um porto seguro, 
Compacto, intenso! 

E para que não seja em vão, 
A macheza de lançar-me ao vento, 
Numa correnteza invisível que me anima, 
Não fito a direção do encantamento, 
Mas encantado sigo a minha sina!

JOSÉ DO CARMO ALVES (Cidadão Poesia)
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