Conquistamos o mundo; nos perdemos,
Criamos asas; não voamos,
Buscamos dinheiro; nos empobrecemos,
Cultivamos rosas; os espinhos persistem,
Inventamos as rodas e os carros e ainda andamos a pé no palco da emoção.

Clonamos sem perceber que sempre fomos iguais,
Estudamos e não notamos que sabedoria é inimiga da soberba,
Produzimos remédios e esquecemos que ainda choramos,
Estamos cheios de poderes e vazios de nobreza.

Calculamos a massa de 200 andares; não calculamos nossas perdas,
Criamos o telefone; não diminuímos as distâncias,
Navegamos pela rede; a proa do barco ainda está ancorada.

Lutamos pelo sucesso, mas continuamos vazios,
Pensamos na felicidade, mas damos as costas para quem pode traze-la.

Temos diagnóstico para tudo, mas ainda choramos.

Apesar do conhecimento e da tecnologia somos seres emociais, que ainda choram.

Goiânia/