Autoria

 Não somos proprietários das ideias, somos difusores da mensagem.
Nada é meu!
Nada é nosso!
Tudo é passageiro, efêmero...
O foco não é a propriedade e sim a desapropriação dos limites construídos pelo contexto capitalista.
Um sentimento de posse, de privado devora a alma até dos artistas.
Que se tornaram donos de uma ideia, esquecendo da missão.
A arte tem vida própria, ela simplesmente nos usa enquanto meros mortais.
A mensagem não deve ser resguardada, ela precisa conquistar discípulos, percorrendo o mundo; transformando, libertando, promovendo rupturas e globalizando a revolução da arte de bem viver. 
Não somos proprietários de nada, não somos nada diante desta vastidão existencial.
Vivemos os fluxos diários das coisas que julgamos eternas.
Tudo neste plano é perecível.
Amanhã será o nosso fim...
Deixe o ego de lado e compartilhe a mensagem.
Elimine a egolatria.
A sua essência nos torna pessoas mesquinhas e sem alma.
Abandone os clichês.
Pratique a arte de viver com profundidade.
Seja simplesmente você.
Não institucionalize o ser.
Você não é nada...
Procure agregar pontos positivos.
Acorde para a realidade.
Faça das fontes literárias o meio libertador para os bestializados.
Através da arte podemos levar a luz para os “descerebrados” pelo sistema alienante.
Despertemos rumo à era das luzes, deixemos o provincianismo e cresçamos.
O mundo precisa de mais alma.
O planeta necessita de paciência.
A vida clama por amor.
Os seres que compartilham deste ambiente só querem um minuto de atenção.
Cultivemos flores, absorvendo delas o compromisso de florescer em todos os jardins.
Não se entregue ao fascínio da ambição, se instituindo uma pessoa do mau.
O eurocentrismo não tem relação com a arte.
Tornemo-nos portais de ligação, elos da paz.
O canal de uma mensagem libertadora.
Em plena consciência analisemos as nossas intenções.
Objetivando a edificação de pessoas, a transformação do mundo.
A mensagem do bem, do amor, da boa nova, não possui proprietários, ela é de todos.
Todos têm o mesmo direito de beber desta fonte.
O saber, a clarividência não pertence a ninguém.
Não podemos limitar a arte, ela precisa ser reproduzida, percorrendo o planeta.
Em telas, papéis e discursos a mensagem deve sobrepor o mensageiro.