5 anos, sem seu cheiro, sem seu jeito, sem seu Zé.
5 anos, de saudades, de lamentos, de ficar sem ter, quem pegue no meu pé.
5 anos, que me dói, e não tenho você para acalentar
5 anos, sem você, meu mentor, eximo diretor, quem ficou para orientar.
Pai esteja onde estiver saiba, a sua falta é sentida, vivida, doida, por todos que aqui ficaram.
Pai agora seria a época, "vou ser pai," é aquele menino sapeca, levado da breca, que sempre discordava de tudo, mas o amava sobretudo, aquele de quem o senhor se orgulhava, até as ultimas moedas dava, aquele que quando olhava se via mais claro, seu filho branquelo, mas com a cara do negro cheiroso que era o senhor.
É pai aquele que muitos diziam, temiam, e suspeitavam, não dar em nada, hoje se fez homem formado, moço constituiu família e vai ser pai, como eu queria que aqui estivesse, para ver seu rosto ao ver a Sophia, mesmo que por ultrassonografia, com certeza me diria, que menina bonitinha é essa minha netinha.
Pai, a cada segundo, minuto, hora, dia, mês e ano, só aumenta a falta de, sua risada, seus xingos, seu cuidado, seu carinho.
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