NÃO MAIS DO SULTÃO

 NÃO MAIS DO SULTÃO!
 
Vivemos em lugares eqüidistantes.
caminho desigual, sem sequer trilha.
De ti tenho sal e mascavo reticente.
Inóspito desterro de uma lembrança.
 
Tenho inveja do mar que te enleia,
da brisa mansa que te acompanha.
Dos passos lentos pela areia morna,
dos braços de tantas que te usam.
 
Irada fico com o sol que te bronzeia 
do olor que pelo seu corpo passeia. 
Imagino ósculos que te entregam:
Em  ritual deoferendas profanas.
 
Se o universo conspira a seu favor,
foi enviado por mim, em lamentação.
Nas sombras do meu coração, amo!

Mas não serei jamais do Sultão...

railda masson
© Todos os direitos reservados