Imponente mar , contrariando a gavidade, desfila através do esquadrilho de minha janela. Vez ou outra o grande artista pincela alguns rabiscos. Tentando com Ele comungar, imobilizo-me, guardo a respiração - nada há que tocar nesta tela! Nem o azul, tampouco a densidade cinza: persiste, por instantes, que parecem infinitos, a fragilidade e suavidade assustadora do gêlo,,, Um pequeno ponto serpenteia no cenário: certamente mãos firmes imaginando conduzir a própria vida. Dissipada a impressão do nada e uma vez
extintas as brumas, eis que se faz presente o apoteótico quadro negro, imensamente pontilhado com o brilho das mais belas estrelas...
São Paulo/SP
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença