Descaso de Seda...

Quando o poeta escreve...o quebra cabeça começa...juntando –se peça a peça...ainda que fim não apareça...leva-se tempo pensando...no sentido da leitura em seguida...passando-se pelo vazio... vazio da vida vivida...mostro-me cada segundo...instável, dormente e tenso...duvidas vem a minha mente...mas nelas muito não penso...escrevo de mim bem agora...de mesma vitrine anelo...perene dor tão profunda...dentro do antigo castelo...movo-me eu bem depressa...quase sem pestanejar...no entanto me sinto instável...a ponto de vomitar...dores me vem a cabeça...dor eu não sei do que...em breve por mais que não pareça...eu sei...eu irei falecer...morro conforme se passa...a vida perante meus olhos...corro e fico sem graça...de quanto me sôo simplório...tento atar-me com laços...a vida ainda presente...mas já não sei o que faço...pois já me faço ausente...lembro-me daquele momento...como se fosse agora...quando chovia aqui dentro...muito mais que lá fora...

MARINI
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