Sem título, sem Métrica e sem Pudôr

 A marca de batom que ficou na camisa
Revelou que a noite com ela foi mo brisa         
Estou todo amarrotado, também to atrasado,
Mas não to desesperado, Porque eu sei valeu a pena...
 
Uma sessão de cinema, uma passada num barzinho,
Desce um vinho gelado, e um uísque no sapatinho,
Era mesmo começinho da noite estrelada,
Ela ligou angustiada, precisava conversar
 
Na mó tensão pode pá, cheguei na assistência,
Aceitou passear, depois de tanta insistência,
Marquei minha presença, jantar a dois foi zika
Buque de flores linda e junto uma poesia,
 
Falou sobre sua vida, e de como as coisas andava,
E como estava chateada com as fitas que ocorria         
Eu apenas escutava balançava a cabeça,
E também aconselhava como o coração mandava
 
Coisas lindas que eu Dizia e um sorriso que se abria
E em meio a tanto choro, alguma coisa acontecia,
Juro, não sei explicar, mais ganhei um abraço forte
E falou no meu ouvido que eu tinha paciência
 
E também sorte, temperado com amor
Foi isso que nos levou pro escurinho do cinema,
Passava um filme de comedia, se pá até legendado
Ou então era uma bosta, não tinha ninguém na sala
 
Estava ali eu e ela, o trailer foi legal,
Mas o filme eu não vi, nem o começo e o final
Sem censura, só loucura, possuída pelo desejo,
Ela sabia o que queria, e não era apenas beijo...
 
Eis que chega a lanterninha, cortando o barato,
Expulsos da sessão, o destino era certo...
Um quarto de motel, uma noite de prazer
Talvez pra esquecer os problemas acumulado
 
Caricias no ar, desejo no olhar, sonhando acordado,
Ela calava minha boca com um beijo molhado,
Regado a champanhe, num lençol de seda,
Nossos corpos, um só, meu deus que beleza
 
A noite inteira, fazendo Poema, nas curvas me perco,
Que encaixe perfeito, me leva ao extremo,
A hora passando, o dia chegando, o sol clareando
E eu nem notando
Depois do prazer, você nos meus braços dormindo feliz,
O dia La fora pode esperar, assim que Deus quis...  
 
 
(23/05/2012)

Luiz Estevão
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