Na gaveta fechada caixinha guardava por mãos escritas textos esquecidos por anos vividos
Rosto enrugado coração palpitando expressão se agitando naquela caixinha um verso
Esquecido uns anos escritos ao homem querido com dificuldade sentou-se do passado
Lembrou-se do seu grande amor
Com as folhas nas mãos lágrimas nos chãos textos escritos jamais foram lido o lenço
Recolhia choro gemido da velha poetisa relendo seus versos de anos secretos
Folhas amarelas de laços cor de canela um texto dizia ATÉ OUTRO DIA
No outro falava AMOR DO PASSADO
O mais profundo lembrou-se todo mundo no site poesia a poeta dizia
Rimas de alegria POETISA DESCONHECIDA
Fechou os seus olhos no pranto de dor lembrou-se dos amigos dos sonetos de AMOR
Na memória envelhecida lembrou-se da amiga MADALENA querida
Na gaveta esquecida segando as lágrimas de CRIS se lembrava
Uma lágrima caiu BOTACINI sorria SONETO ALEGRIA
Com as folhas nas mãos lembrou seu irmão um velho humorista um grande artista
Na memória trazia tristeza alegria de um SITEPOESIA
Voltando a memória RONALDO da gloria poeta talentoso
Um BRUNO amoroso
Tão velha estava a velha poeta com força trazia memória vazia tirando as fitas das folhas
Esquecida da gaveta fechada
Coração se acalmou de VINÍCIUS lembrou
De NAIR com AMOR
Sorriu pra HINAR voltou a sonhar com todos de lá
A velha delirava
Com as poesias nas mãos
Fechou os seus olhos
Seu corpo caiu
Com sorriso partiu
Com certeza partiu feliz quando abriu a gaveta
Seu texto releu seus amigos reconheceu
Pode ter certeza um dia eu vou abrir a gaveta
Escrita no momento de muita tranquilidade
POETISA
DESCONHECIDA
28 De Maio 2013
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência".
Carlos Drummond de Andrade
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