Não me trago esperanças

Se for para qu'eu caia em óbito
Deliciar-me-ei com meus maços
Tomarei do meu tal compósito
Esbranquiçando espaços

Abrirei meus pulmões em pranto
Tragando meu velho receio
E com apenas um espanto
Acontecer tudo que creio

Voarei ao meu paraíso
Levado com suavidade
Sou só o branco indeciso
Que tonteia à eternidade