O clima era de neblina na noite, o tempo dilacerante.

E havia névoa em mim, no coração estranho: Era o meu conto.

Quase ébrio na alma, embriagado pelo vinho negro que deixa tonto,

O verme em mim, o parasita tinha apetite de amor vibrante.

Havia música, rock gótico, um sofrimento espiritual sem desconto.

Nada se via, e se sentia um tédio febril e enervante...

Enfim, a alma gêmea da dor a qual procurei chegara naquele instante

Para, quem o sabe? Colocar em minha história o derradeiro ponto...

Beijos e desejo, amor negro, mas sincero, dor sem tamanho.

Anseio por algo que, para muitos, é tremendamente sombrio e estranho,

Mas isto define o que eu sou, este espírito alheio ao mundo sou eu...

Os que me observam, veem em mim um homem soturno e arredio.

Os que se sujeitam a me conhecer são tragados pelo eu sombrio...

Em minha escuridão, há sempre um amor eterno o qual me acometeu.