Era linda, vermelha, glamorosa...
Agora, tua beleza transcende os limites do existir, negra, divinamente inspiradora...
Um aroma adocicado exala de suas pétalas, enrugadas pela força do tempo.
A vida não mora mais naquela criatura, mas sua essência se faz presente.
Mesmo morta, posso sentir a vida que um dia reluziu no interior daquela esplêndida criatura.
Tristemente tudo neste mundo foi feito pra acabar!
Uma multiplicação dos sentimentos que neste momento se esvai junto com os restos mortais, daquela que foi uma das mais belas flores do meu jardim.
Negra, linda, inspiradora, divina, morta...

Dhiogo J. Caetano
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