P1 A Essência da Justiça Perfeita

 


 
Deus não exerce a sua justiça meramente com base no cumprimento ou não dos seus mandamentos, mas sempre pelo direito que lhe é conferido por sua própria natureza perfeitamente justa. 
Tanto isto é verdade, que caso fosse pelo mero mandamento, ainda teríamos que cumprir todos os dispositivos legais cerimoniais e civis, do Velho Testamento que vigoraram na Antiga Aliança, e que foram revogados em Jesus Cristo.
Não pecamos por não celebrar as festas fixas do Pentecostes, Tabernáculos, Páscoa etc, e nem por não apresentar as ofertas e sacrifícios exigidos pela Lei do antigo pacto, bem como todos os demais dispositivos cerimoniais da Lei.
Todavia, a justiça que era segundo o mandamento, requereria isto dos judeus, no período do Velho Testamento. 

Vemos então que a justiça que é meramente segundo a lei, mesmo a dos homens, não é justiça perfeita e eterna, porque pode não ser mais aplicável conforme novas condições ou épocas.
Todavia, a justiça que é segundo o direito natural divino é eterna porque está relacionada à Sua própria pessoa divina, pela autoridade de ser o Criador de tudo. 
Por isso os mandamentos morais são perfeitos, porque são conformados à citada justiça que corresponde à natureza de Deus.
Estes mandamentos morais são regulamentados, especialmente com base nos dez mandamentos.
Assim: amarás o teu próximo, não furtarás, não adulterarás, não darás falso testemunho, são verdades que permanecem justas e perfeitas, entre outras, independentemente de condições ou épocas, porque refletem o que Deus é em Sua própria natureza amorosa, honesta, fiel, verdadeira. 

Silvio Dutra
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