Quem é Louco Afinal?

 Bom é o conhecimento natural, mas o incremento do conhecimento meramente intelectual e científico natural, em nada coopera com a edificação espiritual das pessoas. 
Ao contrário, produz afastamento em razão de poder contribuir para com a soberba do coração.
Somente o incremento do amor pode produzir a edificação pessoal almejada por Deus.  
Muitos se jactam no conhecimento natural, enquanto permanecem em incredulidade e desobediência a Deus.
Do que têm do que se orgulhar os que assim procedem?
São porventura sábios, conforme o Senhor os chama ironicamente em I Coríntios 2?
E por que se diz que Ele escolheu os loucos para confundir os sábios?
Não propriamente porque sejam loucos, mas porque  são assim considerados por todos estes que são sábios a seus próprios olhos, por não darem o crédito devido a Deus e à Sua Palavra.
Segundo eles, não é nada sábio crer em Deus, mas insensatez, porque têm um coração incrédulo e desobediente.
E portanto, aqueles que não andam em suas mesmas pegadas, não são sábios como eles, conforme se consideram. 
Por isso, o cristão não foi chamado para expressar mero conhecimento intelectual, porque este pode não conduzi-lo necessariamente ao modo de vida que é esperado por Deus, o qual consiste basicamente em viver no Seu amor, que consiste não somente no amor a Ele próprio, como também ao próximo.
Todo o avanço que a ciência tem propiciado nestes últimos dias que temos vivido, manifesta esta verdade, porque não fez com que o amor aumentasse, ao contrário, propiciou o crescimento da iniquidade, que tem esfriado o amor de muitos. 
O cuidado e interesse pelo próximo que é segundo o mover do Espírito em nossos corações tem sido substituído pelo egoísmo de obter e reter coisas para si mesmo, e nisto tem sido resumido o objetivo da vida para muitos.  
Então a vida de Paulo, e o que Ele nos disse pelo Espírito de que não devemos viver para agradar a nós mesmos, mas ao nosso próximo, segundo o amor de Cristo em nossos corações, deve não apenas ser recordado por nós, mas para que o pratiquemos, ainda que a quase totalidade do mundo esteja caminhando na direção contrária, tal como ocorreu nos dias de Noé.
 

Silvio Dutra
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