Esboço duma reflexão
I
Há quem não ache bem que o satisfaça
E percorra infeliz o mundo afora
Encontra o ludíbrio e a desgraça
E por cada lugar que passa, chora.
Foi vendo um agricultor venturoso;
Que perguntou a razão dessa alegria
Voltando-se, respondeu todo orgulhoso
Planto, semeio e crio, todo o dia
Ao contrário de você, que nada faz
Nem vê florescer a natureza
Por isso, ignora dela a sua paz
Se exaspera nos meandros da tristeza
Ao invés de como eu, contemplar os céus
Olhar a imensidão deste mundo de Deus !
II
Foi refletindo nas rudes palavras
Do venturoso matuto camponês,
Que, o finório filosofar deu abas
A elucidar a cega ambição de vez
E de um sujeito rude, ignorante
Recebeu ensinamentos de valor
Despertando sua alma dissonante
Volveu o olhar ao grande Criador
A ingrata e dura vida que levava
Passou a ser gratidão e brandura
Vendo a felicidade e a formosura
Nos lugares que anteriormente
O enfadavam de tédio e fastio
Passando a viver feliz e contente !
Porangaba, 07/04/2013
Armando A. C. Garcia
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