Cegos vivem para si
Sem olhar pra baixo
Sem olhar pra cima...
Cegos diminuem-se
Na grande ilusão de ter
Pisam em seu dom de ser
Cresce o egoísmo dos homens
Insaciáveis tentam preencher
Covardes corações vazios
Cresce a miséria e a fome
Muitos morrem sem entender
Crianças enchem de choro mãos vazias
Quantas mãos vazias
Quantas vidas sem viver...
Mãos de miséria estendidas
Miseráveis bolsos trancados
Toda riqueza e poder até que a morte os separe
Você colhe o que planta
Tenta se enganar mas não adianta
Prove que não se comove quando vê...
Vê!
Parem de viver pra si
E nas alturas não olhar pra baixo,
Embaixo não olhar pra cima