Não posso fazer nada
Tristeza e solidão não escrevem poesia
E o porquê não sei, de idéias vazia
Minha mente caminha no branco do papel
Nas nascem novos versos, palavra alguma trova
Por que eu não nasci
Adoniram Barbosa
Um Milton, um Caetano
Pixinginha ou Noel
 
Nesse amor impossível
Tento colocar em ordem pensamentos
Que vão se espalhando como folhas ao vento
Num mar de sonhos loucos
Todo meu ser navega
A imagem que se forma condensa e reflui
Um rol de sentimentos
Forma-se e dilui
Meu coração te encontra
Mas a razão te nega
 
Talvez até o maior
Dos que versejaram desde tempos idos
Sofrendo o sofrer que eu tenho sofrido
Também se entregasse  ao jogo da ilusão
A incerteza de como começa e como termina
O meu querer transcende
Mas não elimina
O entre inferno e céu
Da imaginação
 
Você e eu
Somos o grão de areia, estrela no infinito
Olho para você, te vejo longe, aflito
Ali embasbacado
Faço você um mito
E passas tão mulher, alegre e distraída
Parece tão feliz
Sempre de bem com a vida
Olha-me e sorri
Para tu não existo

BUENO
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