“9 Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.
10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
11 Tenho-vos dito isto, para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa.
12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
15 Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
17 Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.” (João 15.9-17)
 
O Senhor revelou aos apóstolos, com estas palavras, qual é a maneira de permanecer no amor de Deus.
Ele mostrou que isto é possível somente quando se faz a vontade de Deus, por se honrar e guardar Seus mandamentos.
Muitos têm falhado na comunhão que deveriam ter com Deus e com seus irmãos, porque não consagram suas vidas ao Senhor, e assim não são despertados pelo Espírito Santo, para que possam conhecer ao Senhor e à Sua vontade.
Por isso é que se nos ordena que cresçamos na graça e no conhecimento de Jesus (II Pe 3.18), porque esta é a única maneira de sermos tomados de toda a plenitude do amor divino. 
Sem esta capacitação espiritual que é recebida do Espírito Santo, quando nos consagramos nas mãos de Deus, para fazer a Sua vontade, é impossível viver e permanecer no Senhor e no Seu amor.
Assim, Ele foi muito claro em nos dizer que é necessário guardar os mandamentos de Deus para que se possa experimentar o Seu amor; porque o Senhor não manifestará a beleza da Sua intimidade e santidade àqueles que não Lhe honrarem, ainda que  tenham nascido de novo do Espírito.
Jesus havia dado Seu próprio exemplo aos apóstolos, em plena submissão à vontade do Pai, e era esta a razão dEle ser amado pelo Pai e de sempre exultar e se alegrar em espírito em Seu relacionamento com Ele.
É somente quando se vive neste amor e alegria espiritual, que somos capacitados pelo Espírito a darmos frutos espirituais para Deus, de maneira que Ele seja glorificado através das nossas vidas. 
O caráter deste amor divino é de amizade paternal, dEle em relação a nós, e amizade fraternal, de nós em relação a nossos irmãos, e de amizade filial, de nós em relação a Deus.
Jesus demonstrou até que ponto esta amizade espiritual pode nos levar, a saber, a dar a nossa vida pelos irmãos, assim como Ele entregou a Sua vida por nós.
Ele não deu Sua vida por nós somente na cruz, mas no serviço amoroso e cuidadoso que tem por cada um dos Seus discípulos e que é demonstrado em manifestações reais das operações das Suas graças e bênçãos em nossas vidas. 
O Senhor não nos trata como escravos, mas como amigos.
Ele nos revelou toda a verdade que está no seio do Pai.
Ele não age de maneira reservada com nenhum daqueles que guardam os Seus mandamentos.
Ao contrário, faz com que privem da Sua intimidade.
É pela nossa obediência ao Senhor que provamos a nossa amizade a Ele.
Na verdade é impossível estar em relação de amizade com Ele sem esta obediência que Lhe é devida em tudo. 
 
 
 

Silvio Dutra
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