A mim me basta a vida

 
Não preciso que me mostrem
De onde vêm a chuva e o arco-íris
Porque brotam lá minhas lágrimas.
 
Não careço de que me acordem pra vida
Nem de explicação sobre Deus
Porque com ele apaziguo minh’alma.
 
Não necessito de companhias sazonais
De supostos amores ditos humanos
Que me olvidam quando o sol brilha.
 
Não morrerei jamais na antessala da solidão
Embora provado esteja que o amor infinito
Não passa de invencionismo e utopia.
 
A felicidade é uma arma quente
E a fidelidade incondicional tem-se nos livros
Por isso não anseio tua compaixão.
 
Não preciso de tua piedade pungente
Pois, para eu viver em equilíbrio,
A mim me bastam fé, tempo e poesia.