Tardes
 
Quando um sonho apaga-se no ar
Faz a luz dourada da noite deitar-se ,ali
Ao relento, fica a moça que cochila
Como taciturnas borboletas notívagas
 
Desço a montanha do inconsciente e acho-me
Suja e sozinha na casa
Os abutres devoram-me a carne
Ainda quente, mas, morta
 
Voo e quando admiro a tarde que dorme
Tacham-me de vazia
Vou por hora deitar-me e sonho com os momentos de desejo
Resta-me aguardar-te e ... quem sabe!
Agradar-me ao sopé da janela da minh’alma
Vigiar-te com meu terno olhar!
Júlia Rocha
20-02-2012

Julia Rocha
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