Apenas uma criança

Sou apenas uma criança
Que ainda teima em crescer se debatendo
Embora veja sinais ao seu redor
Reluta e acredita que será bom
Vendo apenas num fio de esperança
Possibilidade vã de ser melhor
Para mim apenas vale a pena investir
Pois quando menos esperavam
Acreditei em mim, comecei a sorrir e amadureci
Mas ainda creio em tudo e todos numa quase ingenuidade
Genuína e tão minha que confunde quem aprende
A ser meu amigo apenas no primeiro sorriso
Que se me dado é começar no paraíso
Mas se negado nem tudo estará perdido
Na lua ou no chão o fim pode ser reeditado
Futuro independe do princípio
pesa como se move, não como tende ser o início
Assim sou eu na entrada do abismo, no começo do precipício
Esperança de jornada, fogos de artifício
Apenas uma criança que procura
Alicerce de boa casa, amor, amizade e carinho
Um tantinho desarvorado, eu me declaro culpado
Por ceder aos instintos e ser por demais apaixonado
Costumo ficar encantado ao ver o sol do amanhecer
Gosto da sensação boa de céu quando vai chover
Mania de nordestino, baiano meio-sertanejo
Recôncavo pelo doce beijo que ganhei de "voismicê"
Assim acalmo meu peito e cresço assim travesso
Pois sou apenas um menino quando pertinho d'ocê