Lágrimas frementes de uma mulher no passado.
Visão onírica que suá-la ainda em vão ostenta;
Fascínio louco que na lembrança tem guardado,
O amor-criança que seu egro coração alimenta.
Na vastidão do seu líbito vejo-o tão desgraçado,
Por nutrir esperança que julgo dúlcida tormenta,
Festival do supérfluo a conduz ao emaranhado;
Dos sentimentos heus enleados na cata sedenta.
Infernal escopo que torna o encanto profanado,
Do esbelto corpo que a Natureza a contempla
Conquista outra desfaz seu intento desesperado,
Para na memória seja a renúncia uma ementa.
E com ampla consciência absolver o condenado.
Dos tantos espinhos sejam flores a vestimenta!
Rivadavia Leite
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele