Quisera eu que a humildade do cão fosse parte do cotidiano dos homens enfurecidos e dos olhares enlouquecidos.
E o sorriso, assim como o nascer do sol, nasceria diariamente em nossas faces, e aliviaria nossas carregadas fisionomias.
Quisera eu que a harmonia da natureza, que vive à nossa volta transpirando amor e pureza, fosse o maestro a comandar o caos dos pensamentos humanos.
E os meus pensamentos, revestidos do equilíbrio e da serenidade desta mãe de amor, mesmo que por momentos fugazes dada a imperfeição de minha alma, seguiriam pelo mundo harmonizando corações e promovendo a onda limpa do amor.
Por onde passassem, visitariam lares e ruas, espalhariam a esperança e aliviariam dores, ainda que o meio continuasse a me desafiar.
E neste palco gigante, neste teatro confuso da vida, sei que as cortinas não irão se abrir e nem o mistério irá se explicar, mas seguirei mesmo assim, caminhando e cantando o hino da prece, em rogativas aos céus pelo entendimento clarificador, enquanto dure o espetáculo do meu viver.
Samir P. Salim
15/02/2012
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