No término da noite, inicio do dia,
A chama acesa ilumina minha mente,
Explanando minha essência,
Tornando o mundo paralelo perceptível.
 
Nessa eloquência, raios aceleram o tempo,
Algumas garrafas de vinho trazem feixes de luz, há minha direção,
Essas pequenas ilusões,
 Desvairam minha  lucidez no ar.
 
Nada é capaz de me parar,
Nem mesmo esse cheiro de ópio, que nesse pulsar,
 Dá vida própria a minha veia,
Devolvendo-me a realidade.
 
Estou de volta, a maldita realidade,
 Não consigo me encontrar.
Talvez me falte os sentidos, porém sobram angustias.
 
E vivendo nesse abismo pessoal,
Perco a vontade de olhar para frente,
Fico á espera, de poder voltar ao pó,
E de que um ser igual a mim me inale,
Pondo-me a vida de novo, através da sua essência interior.

Fabiano Souza
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